A Igreja Presbiteriana do Brasil é uma federação de igrejas que têm em comum uma história, uma forma de governo, uma teologia, bem como um padrão de culto e de vida comunitária. Historicamente, a IPB pertence à família das igrejas reformadas ao redor do mundo, tendo surgido no Brasil em 1859, como fruto do trabalho missionário da Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos. Suas origens mais remotas encontram-se nas reformas protestantes suíça e escocesa, no século 16, lideradas por personagens como Ulrico Zuínglio, João Calvino e John Knox. O nome “igreja presbiteriana” vem da maneira como a igreja é administrada, ou seja, por meio de “presbíteros” eleitos democraticamente pelas comunidades locais. Essas comunidades são governadas por um “conselho” de presbíteros e estes oficiais também integram os concílios superiores da igreja, que são os presbitérios, os sínodos e o Supremo Concílio. Os presbíteros são de dois tipos: regentes (que governam) e docentes (que ensinam), sendo estes últimos os pastores ou ministros. Em 2021, a Igreja Presbiteriana do Brasil tinha aproximadamente 3.000 igrejas locais, 3.360 congregações e pontos de pregação, 370 presbitérios, 90 sínodos, 4.900 pastores, 800 evangelistas, 1.520 missionários, 550.000 membros comungantes e 152.000 membros não-comungantes (menores), estando presente em todos os estados da federação.
Primeiro templo presbiteriano do Brasil, no Rio de Janeiro 1874.
Travessa da Barreira, atual Rua Silva Jardim
Templo da Igreja Presbiteriana de São Paulo, inaugurado em 1884.
Rua 24 de Maio, quase esquina com a Rua do Ipiranga
Quanto à sua teologia, as igrejas presbiterianas são herdeiras do pensamento do reformador João Calvino (1509-1564), de outros pioneiros da Reforma Suíça e das notáveis declarações confessionais – confissões de fé e catecismos – elaboradas pelos reformados nos séculos 16 e 17. Dentre estas se destacam os documentos produzidos pela Assembléia de Westminster, reunida em Londres na década de 1640. A Confissão de Fé de Westminster, bem como os seus Catecismos Maior e Breve, são adotados oficialmente pela IPB como os seus símbolos de fé ou padrões doutrinários. Outras igrejas presbiterianas adotam documentos adicionais, como a Confissão Belga, o Catecismo de Heidelberg e os Cânones de Dort. O conjunto de convicções presbiterianas, conforme expostas no pensamento de Calvino, de outros teólogos e dos citados documentos confessionais, é denominado teologia calvinista ou teologia reformada. Entre as suas ênfases estão a soberania de Deus, a eleição divina, a centralidade da Palavra e dos sacramentos, o conceito do pacto, a validade permanente da lei moral e a associação entre a piedade e o cultivo intelectual.
Os Símbolos de Fé oficiais da Igreja Presbiteriana do Brasil são: Confissão de Fé de Westminster, Catecismo Maior de Westminster e Breve Catecismo de Westminster.